SI - Sistema Informático
SO - Sistema Operativo

Aquando da instalação de um SO uma das primeiras questões a ter em atenção é o tipo de firmware que é utilizado pela motherboard do SI no qual se procederá à instalação do SO. Este pode ser de dois tipos: BIOS (Basic Input/Output System), mais antigo e UEFI(Unified Extensible Firmware Interface), mais recente e por isso apresentando vantagens relativamente ao anterior (um sistema com UEFI, entre outras vantagens, permite, por exemplo, o arranque mais rápido dum SO que tenha sido instalado no modo UEFI). Sempre que tenhamos dúvidas quanto ao tipo de firmware utilizado por determinado equipamento o ideal será consultar o manual da motherboard do SI em causa. Normalmente um sistema que utiliza um firmware UEFI pode ser configurado para trabalhar num modo compatível com BIOS conhecido por Legacy/CSM. Para complicar a equação temos que considerar ainda que existem alguns SI que vêm com uma UEFI de 32 bits (o normal será uma versão de 64 bits da UEFI) sem possibilidade de utilizar o modo Legacy/CSM. Um desses sistema é o ASUS Transformer Book T100HA para o qual, se pretendermos utilizar uma distribuição de Linux, teremos que adulterar o respetivo ISO de instalação acrescentando um carregador EFI de 32 bits.

Outra questão que devemos ter em atenção tem que ver com com o esquema da tabela de partições a utilizar no meio de armazenamento secundário (normalmente um disco rígido do tipo HDD – Hard Disk Drive ou SSD – Solid-State Drive) onde se instalará o SO. Apesar de se poderem utilizar outros, os mais significativos são o MBR (Master Boot Record) e o GPT (Globally Unique Identifiers Partition Table). O esquema GPT surge como parte integrante da norma UEFI e veio endereçar problemas como, por exemplo, o tamanho máximo suportado por uma partição (2 TB num disco com tabela de partições do tipo MBR) assim como o número máximo de partições primárias (4 – MBR; 128 GPT), entre outros.

Temos ainda que considerar a arquitetura do SI (que será sempre dependente do binómio chipset da motherboard/processador), podendo tratar-se de um sistema de 32 ou de 64 bits. Um SI com arquitetura de 32 bits endereçará nativamente um máximo teórico de 4GB de memória RAM, independentemente da quantidade de memória instalada. Normalmente as arquiteturas de 32 bits são identificadas pelas siglas x86, i386, i686 e as de 64 bits pelas siglas x64 e amd64. A respeito deste assunto podemos ainda acrescentar que programas concebidos para funcionar a 32 bits podem correr em sistemas de 64 bits mas que o contrário não é verdade.

Quanto ao sistema de ficheiros (forma como cada SO dispõe a informação num suporte de armazenamento) a utilizar os SOs da Microsoft (Windows) fazem hoje uso do NTFS (New Technology File System). As diferentes distribuições de Linux permitem a utilização duma multiplicidade de sistemas de ficheiros sendo que o mais comum é o EXT4. Por questões técnicas, nos meios de armazenamento amovíveis o sistema de ficheiros FAT32 é o mais utilizado.

Em anexo encontra-se uma tabela (ainda incompleta) onde tentarei resumir as combinações das variáveis referidas atrás e as melhores práticas. Apesar do que se segue normalmente o MBR e o BIOS (MBR + BIOS), e o GPT e o UEFI (GPT + UEFI) andam de mãos dadas.